sábado, 30 de maio de 2009

Mudança

Por que nós mudamos? A maior predisposição à mudança torna a vida mais leve? As mudanças sempre são escolhidas por nós? As mudanças acontecem de uma maneira sincrônica ou repentina? As mudanças acontecem harmoniosamente ou através de conflitos?
No processo de mudança a luta dos contrários produz desequilíbrio? No processo de mudança predomina o conflito ou a harmonia? As mudanças são consentidas ou conquistadas? Sempre é confortável mudar?
Heráclito é considerado o primeiro representante do pensamento dialético. Concebia a realidade do mundo como algo dinâmico, em permanente transformação. Daí sua escola filosófica ser chamada de mobilista (do movimento). Para ele a vida era um fluxo constante, impulsionado pela luta de forças contrárias: a ordem e a desordem, o bem e o mal, o belo e o feio, a construção e a destruição.

É de Heráclito a seguinte frase: “Não podemos entrar duas vezes no mesmo rio, pois suas águas se renovam a cada instante. Não tocamos duas vezes o mesmo ser, pois este modifica continuamente sua condição.”

Parmênides é considerado o primeiro filosofo a formular princípios lógicos de identidade e não contradição, desenvolvidos depois por Aristóteles.

Para Parmênides o ser é eterno, único, imóvel e ilimitado.

Se uma coisa existe ela é esta coisa e não pode ser outra muito menos o seu contrário. As constantes mudanças e as contradições são ilusões e meras aparências.

Para exemplificar este texto temos a música Todo Cambia de Julio Numhauser:


Todo Cambia

de Julio Numhauser

Cambia lo superficial
Cambia también lo profundo
Cambia el modo de pensar
Cambia todo en este mundo

Cambia el clima con los años
Cambia el pastor su rebaño
Y así como todo cambia
Que yo cambie no es extraño

Cambia el más fino brillante
De mano en mano su brillo
Cambia el nido el pajarillo
Cambia el sentir un amante

Cambia el rumbo el caminante
Aunque esto le cause daño
Y así como todo cambia
Que yo cambie no es extraño

Cambia, todo cambia
Cambia, todo cambia


Cambia el sol en su carrera
Cuando la noche subsiste
Cambia la planta y se viste
De verde en la primavera

Cambia el pelaje la fiera
Cambia el cabello el anciano
Y así como todo cambia
Que yo cambie no es extraño

Pero no cambia mi amor
Por mas lejos que me encuentre
Ni el recuerdo ni el dolor
De mi tierra y de mi gente

Y lo que cambió ayer
Tendrá que cambiar mañana
Así como cambio yo
En esta tierra lejana.


Texto elaborado por: Valdeliz de Campos Santos